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Fique de olho na posição em que você trabalha e faça pequenas pausas para se alongar. Conheça e previna-se da terrível L.E.R./D.O.R.T.

Previna-se da L.E.R.. Faça os exercícios todos os dias. Bastam poucos minutos para você evitar uma doença que incapacita para o trabalho e para várias atividades do dia-a-dia.

Conheça essa doença e saiba como evitá-la

  1. Que é LER?
    O termo LER refere-se a um conjunto de doenças que atingem principalmente os membros superiores, atacam músculos, nervos e tendões provocando irritações e inflamação dos mesmos. A LER é geralmente causada por movimentos repetidos e contínuos com consequente sobrecarga do sistema músculo-esquelético. O esforço excessivo, má postura, stress e más condições de trabalho também contribuem para aparecimento da LER. Em casos extremos pode causar sérios danos aos tendões, dor e perda de movimentos. A LER inclui várias doenças entre as quais, tenossinovite, tendinites, epicondilite, síndrome do túnel do carpo, bursite, dedo em gatilho, síndrome do desfiladeiro torácico e síndrome do pronador redondo. Alguns especialistas e entidades preferem, atualmente, denominar as LER por DORT ou LER/DORT. A LER também é conhecida por L.T.C. (Lesão por Trauma Cumulativo).
  2. A quem a LER ataca? A LER é contagiosa?
    As principais vítimas são trabalhadores que realizam esforço muscular repetitivo, como costureiras, digitadores e bancários, entre outros.
    Não é contagiosa, pois não é causada por bactérias, fungos ou virus, mas sim por movimentos repetitivos.
  3. Porque há quem diz que LER não existe?
    Talvez por se definir a LER como um conjunto de doenças e não como uma doença específica. Quando alguém diz que tem LER, na verdade trata-se de uma tendinite, tenossinovite ou outro tipo de doença causada por esforço repetitivo.
  4. Que significa DORT?
    Distúrbio osteomuscular relacionado ao trabalho.
  5. Qual a diferença entre LER e DORT?
    LER é a designação de qualquer doença causada por esforço repetitivo enquanto DORT é o nome dado as doenças causadas pelo trabalho. Alguns especialistas e entidades preferem, atualmente, denominar LER por DORT ou ainda LER/DORT.
  6. Quais os sintomas da LER ?
    Em geral dores nas partes afetadas. A dor é semelhante à dor de reumatismo ou de esforço estático, como por exemplo a dor causada quando se segura algo com o braço, por longo tempo, sem movimentá-lo. Há formigamentos e dores que dão a sensação de queimadura ou as vezes frio localizado.
  7. A LER é uma doença nova?
    Não. Já na Idade Média era conhecida sob outros nomes, como por exemplo, a “Doença dos Escribas”, que nada mais era do que uma tenossinovite, praticamente desaparecendo depois da invenção da imprensa por Gutemberg. Ramazzini, em 1700, também, descreve a doença dos escribas e notórios. Em 1895 o cirurgião suíço Fritz de Quervain descrevia o “Entorse das Lavadeiras” , atualmente conhecida como Tenossinovite de De Quervian, um tipo de doença causada por esforço repetitivo. A LER, entretanto, acentuou-se demasiadamente na década de 1990, com a popularização dos computadores pessoais.
  8. A LER é causada somente pelo trabalho?
    Não, também podem ser causa de LER atividades esportivas que exijam grande esforço. Da mesma forma a má postura ou postura incorreta, compressão mecânica das estruturas dos membros e outros fatores podem causar LER.
  9. Quais as possíveis causas das lesões por esforços repetitivos?
    Podemos citar entre tantas outras:
    1. posto de trabalho inadequado e ambiente de trabalho desconfortável
    2. atividades no trabalho que exijam força excessiva com as mãos,
    3. posturas inadequadas e desfavoráveis às articulações,
    4. repetição de um mesmo padrão de movimento
    5. tempo insuficiente para realizar determinado trabalho com as mãos.
    6. jornada dupla ocasionada pelos serviços domésticos.
    7. atividades esportivas que exijam grande esforço dos membros superiores.
    8. compressão mecânica das estruturas dos membros superiores.
    10. ritmo intenso de trabalho
    11. pressão do chefe sobre o empregado
    12. metas de produção crescente e pre-estabelecidas
    13. jornada de trabalho prolongada
    14. falta de possibilidade de realizar tarefas diferentes
    15. falta de orientação de profissional de segurança e ou medicina do trabalho
    16. mobiliário mal projetado e ergonomicamente errado.
    18. postura fixa por tempo prolongado
    19. tensão excessiva e repetitiva provocada por alguns tipos de esportes
    20. desconhecimento do trabalhador e ou empregador sobre o assunto
  10. Quais as doenças decorrentes de esforços repetitivos?
    São diversas, as mais comuns são:
    1. tenossinovites
    2. tendinites
    3. epicondilite
    4. síndrome do túnel do carpo
    5. bursites
    6. dedo em gatilho
    7. síndrome do desfiladeiro torácico
    8. síndrome do pronador redondo
    9. mialgias
  11. Que fazer em caso de suspeita de LER?
    O mais recomendado é procurar o médico imediatamente e passar por uma avaliação. Também é aconselhável parar com a atividade suspeita de ser causa da LER.
  12. Estou com suspeita de LER. Que médico devo procurar?
    Recomenda-se que seja médico com conhecimento e especialização em LER/DORT, ortopedista, reumatologista ou neurologista. É comum o encaminhamento para fisioterapia depois da avaliação médica.

O SOAC – Sindicato dos Alfaiates e Costureiras do Rio de Janeiro e Baixada Fluminense – conclama os trabalhadores à exercitarem a prevenção de modo a evitarmos essa tragédia. Conclamamos as empresas a atuarem preventivamente, evitando danos à saúde de seus empregados e futuras complicações legais. Juntos, trabalhadores e empresas podem mudar essa realidade. Evitar a L.E.R. está em nossas mãos.

Prevenindo a LER

Um dos problemas de saúde que mais atingem a categoria de alfaiates e costureiras é a chamada Lesão por Esforço Repetitivo, LER. A enfermidade se manifesta por movimentos executados rotineiramente, como digitar, costurar, tricotar, manusear pequenas peças ou objetos pesados e é causado pela inflamação dos tendões, músculos e articulações dos membros superiores. A LER atinge preferencialmente punhos, braços, mãos, ombros e coluna cervical.

O grande perigo é que, depois que a lesão se instala, fica muito difícil a cura. Por isso, o melhor remédio é mesmo prevenir ou tratar da lesão nos estágios iniciais e o alongamento freqüente é a melhor alternativa: simples, barato e ótimo para manter saudáveis ossos e músculos.

MEXA-SE

Em casa, ao acordar, espreguice com vontade. Observe como cães e gatos alongam os músculos antes de iniciar um novo dia e faça o mesmo. Repita esses alongamentos sempre que possível. Na parada para o almoço e lanche, quando você for ao banheiro e em qualquer oportunidade que tiver, alongue-se novamente. Estique braços, pernas, puxe os dedos das mãos, gire o pulso. Faça o movimento contrário ao movimento que você mais faz no trabalho. Por exemplo: se você costura com a cabeça abaixada, vire o pescoço para trás e fique durante 10 segundos. Repita três vezes. Faça alguns exercícios para fortalecer especialmente os músculos que você usa mais, como os localizados na área do pulso, mãos, ombros e coluna. Músculos mais fortes ajudarão a realizar as tarefas necessárias no trabalho. Outra dica é utilizar objetos que possam lhe trazer mais conforto no trabalho, como almofadas de apoio para cotovelo, ou banqueta de apoio para os pés.

Algumas empresas, como a De Millus, já garantem um tempo ao trabalhador para a realização de exercícios de alongamento. Estimule sua empresa a fazer o mesmo. Com certeza o número de faltas decorrentes de afastamento médico vai reduzir e os trabalhadores realizarão suas tarefas melhor e mais felizes.

 Fonte:SOAC

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