– Esta lista é apenas uma sugestão aos principais defeitos. Poderão ajudar muito no entendimento, facilitando a devida correção. Não sendo portanto uma regra, também não é um manual. Forneço subsídios para facilitar a correção dos principais defeitos. Podemos usar a combinação de vários itens desta lista. Como também, através destes, encontrarmos outros que não estejam aqui relacionados… E assim usando o raciocínio para darmos um xeque-mate nos problemas mais corriqueiros do dia-a-dia.
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– Agulha com a ponta gasta (rombuda):
Quebra de linhas e/ou fios;
Marcas acentuadas de furos;
Franzimento do tecido;
Falha de pontos;
Barulho característico durante o processo de costura.
– Agulha torta:
Falha de pontos;
Quebra de fios (principalmente nas máquinas galoneira e overloque: fio do looper inferior);
Marcas acentuadas de furos na malha;
Ausência de formação de ponto (não costura).
-Agulha mal posicionada:
Falha de pontos;
Quebra de linhas e fios;
Ausência de formação de ponto (não costura);
– Escolha de agulha errada: (espessura da lâmina)
Ausência de formação de ponto (não costura);
Marcas acentuadas de furos durante a costura (exemplo: agulha grossa e/ou ponta não apropriada para o material);
Máquina com quebra de agulha frequente (agulha fina onde deveria ser mais grossa);
Formação do ponto irregular como ponto folgado na costura reta ponto fixo (agulha fina e usando linha grossa).
Técnicas e diretrizes para serem observados de acordo com o defeito apresentado (principais pontos a verificar):
1 – PONTO FALHO
Verificar se a linha está colocada/introduzida corretamente;
Verificar a agulha; (se está rombuda, torta e colocada erroneamente);
Verificar se a agulha está passando livre sem bater/raspar/ friccionar no calcador ou chapa;
Verificar a pressão do calcador;
Verificar se o furo da chapa está adequado ao material.
2 – QUEBRA DE LINHA EXCESSIVA
Verificar se a linha está colocada corretamente;
Verificar se a tensão da linha está demasiadamente apertada, folgue-a;
Verificar a agulha; (se está rombuda, torta e colocada erroneamente);
Verificar o tempo de laçada e verificar também a proximidade para com a laçadeira e/ou looper;
Verificar a pressão do calcador;
Verificar se existem rebarbas, farpas na chapa da agulha no bico da laçadeira/looper, na trava do espiral da laçadeira, e no corpo da laçadeira (Reta industrial);
3 – PONTO IRREGULAR OU PONTO RUIM; FOLGADO; FRANZIDO E/OU COM ENRUGAMENTO; ESTOURANDO E/OU QUEBRANDO EM MATERIAIS ELÁSTICOS:
Verificar se a linha está colocada corretamente;
Verificar a tensão da linha no conjunto tensor e na caixa de bobina (Reta industrial);
Verificar a agulha; (se está rombuda, torta e/ou colocada erroneamente)
Verificar se a espessura da agulha está proporcional ao titulo da linha (“linha fina para agulha fina; linha grossa para agulha grossa”).
Verificar se o comprimento do ponto está compatível com o material a ser trabalhado.
4 – VARIAÇÕES DO COMPRIMENTO DO PONTO
Verificar a correta pressão do calcador; (muita pressão deixa marcas no material; pouca pressão faz variar o comprimento do ponto);
Verificar o correto funcionamento da serrilha;
Verifique a limpeza dos dentes, se os parafusos estão bem apertados, se a mesma desloca com facilidade nas ranhuras da chapa da agulha;
Verificar se o calcador está sem desgaste na sua base;
Verificar se os parafusos das bielas do transporte estão folgados ou soltos.
5 – VAZAMENTOS DE ÓLEO
Verificar o nível de óleo indicado pelo fabricante da máquina; (é aconselhável a sua troca uma vez ao ano ou menos);
Fazer a devida limpeza entre a chapa e a serrilha com periodicidade, para evitar acúmulos de resíduos e consequentes vazamentos de óleo;
Verificar se as tampas, borrachas e juntas de vedação estão intactas e bem apertadas;
Verificar a troca do filtro de óleo em períodos regulares; (alguns modelos de Carter fechado);
6 – MÁQUINAS SEM DOMÍNIO E SEM CONTROLE (máquinas com motores convencionais)
Verificar se o freio da máquina está atendendo ao comando do pedal;
Verificar se algum objeto estranho está atrapalhando o correto funcionamento do pedal;
Verificar se a correia está demasiadamente apertada; deixe-a com uma folga mínima de 2 cm;
Verificar se o braço de acionamento do motor está no ângulo de 90°;
Verificar se a mola do freio está funcionando corretamente;
7 – RUIDO ESTRANHO E/OU PROVENIENTES DA MÁQUINA EM OPERAÇÃO
Verificar se a máquina está sendo lubrificada automaticamente;
Verificar se a agulha está gasta ou torta;
Verificar se todos os parafusos estão convenientemente apertados, como chapa da agulha, serrilha, calcador, tampas, base do motor, etc;
Verificar as condições de vibrações anormais do cabeçote se for preciso troque as borrachas de isolamento que ficam na base do cabeçote; (máquinas como: overloque, interloque e galoneira industrial);
Não deixe objetos encostados no cabeçote.
Dicas:
A primeira dica é tirar a chapa de agulha e fazer a limpeza dos dentes,
pois, às vezes, fica muito pó e muito resíduo que vai forçando até a quebra da chapa.
Tome cuidado com o tipo de agulha. Às vezes, as pessoas colocam um tipo de agulha muito grossa para uma chapa de furo fino que acaba danificando o orifício da chapa; então, a linha desfia e quebra a toda hora. Se mudar a espessura da agulha mais fina para uma mais grossa, normalmente acima do número 14, é necessário regular a lançadeira. Caso não seja feita essa regulagem, o bico da lançadeira poderá danificar-se.
Verifique o tipo de agulha: Se a máquina trabalha com a agulha (cabo grosso) ou (cabo fino), não tente mudar. As agulhas entram da mesma forma no encaixe, mas na hora de parafusar, o cabo pode ficar solto, o que também ocasiona falha de ponto. Outro motivo para a falha de ponto é a agulha estar torta ou com a cava colocada em posição errada; o lado correto é virada para dentro da máquina.
Falha de ponto. Quando a agulha quebra e bate na lançadeira, ela danifica a lançadeira, criando uma rebarba. Isso faz com que a linha desfie ou quebre.
A máquina também pode travar por falta de óleo na lançadeira se ele não estiver no nível correto ou quando a operadora deixa um excesso de linha muito grande na lançadeira e essa se enrola no espiral.
Quebra de linha. A mola de tensão da caixa de bobina pode estar gasta ou estragada, o bico da lançadeira pode estar com rebarba ou a lançadeira desregulada, fora do ponto. Outro fator é o furo da chapa estar danificado, também com rebarbas.
O cuidado com a lubrificação da máquina também é importante. O ideal é manter o óleo sempre no nível correto. Dependendo da vida útil do óleo e da quantidade de trabalho realizado na máquina, o prazo para a troca é de três a quatro meses. Existem alguns tipos de óleo que podem ser trocados a cada seis meses.
Verifique o tipo de agulha que está usando, procurando usar agulha correta de boa qualidade e na posição certa, tomando o cuidado de sempre substituí-la quando estiver rombuda ou torta.
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